O Serasa anunciou uma indenização de R$ 30 mil para brasileiros que tiveram seus dados vazados? Entenda o que realmente aconteceu.
Neste ano, surgiram rumores de que o Serasa estaria pagando indenizações de R$ 30 mil devido a um vazamento de dados. De acordo com a notícia, a empresa foi obrigada a pagar o valor pela Justiça Federal.
No vídeo, aparecem influenciadoras famosas alegando que a entidade vai indenizar os brasileiros. Em outro vídeo, é usada uma imagem do Jornal Nacional, com a apresentadora Renata Vasconcellos e o apresentador William Bonner.
Serasa não está pagando indenização; entenda o que realmente aconteceu
O Serasa é uma empresa privada que atua no setor de informações de crédito no Brasil. Fundada em 1968, sua principal função é coletar, analisar e fornecer dados sobre a situação financeira de consumidores e empresas.
Essas informações ajudam instituições financeiras a avaliarem o risco de conceder crédito. Elas são coletadas de acordo com a legislação vigente, de bancos dados públicos ou de dados passados pelos próprios consumidores.
Serasa paga indenização?
Não, o Serasa não paga indenização por vazamento de dados. Recentemente, houve especulações sobre a empresa estar pagando R$ 30 mil a consumidores afetados por um suposto vazamento.
No entanto, essas alegações não têm fundamento. A empresa não confirmou tais indenizações e, em casos de violação de dados, a empresa segue os procedimentos legais apropriados.
De acordo com a entidade, os criminosos usaram tecnologia deepfake para criar um vídeo falso e enganar as vítimas. Eles induzem os brasileiros a enviarem seus dados pessoais ou pedem um pix para liberar a indenização.
O que é deepfake?
Deepfake é uma técnica de inteligência artificial usada para criar vídeos falsos, mas que parecem extremamente reais. Utilizando redes neurais, é possível manipular imagens e áudios para fazer uma pessoa parecer dizer ou fazer algo que nunca aconteceu.
Esses vídeos podem ser usados para enganar, difamar ou aplicar golpes, sendo uma preocupação crescente na era digital.
Golpes
Os golpes na internet vão além da falsa indenização do Serasa. Trata-se de fraudes realizadas através de meios digitais, com o objetivo de roubar informações pessoais, dinheiro ou acessar contas bancárias.
Esses golpes podem variar desde phishing, onde falsos e-mails tentam obter dados confidenciais, até esquemas mais elaborados, como ofertas de emprego falsas ou vendas fraudulentas em sites de comércio eletrônico.
Como se proteger de golpes?
Para se proteger de golpes na internet, algumas práticas são recomendadas:
- Verificar a autenticidade: sempre verifique a autenticidade de e-mails, mensagens e sites antes de fornecer informações pessoais;
- Usar senhas fortes: utilize senhas complexas e diferentes para cada serviço online;
- Ativar a autenticação de dois fatores: esse recurso adiciona uma camada extra de segurança às suas contas;
- Manter o software atualizado: garanta que sistemas operacionais, antivírus e aplicativos estejam sempre atualizados;
- Evitar clicar em links suspeitos: não clique em links ou faça downloads de fontes desconhecidas.
Caiu em um golpe? Veja o que fazer
Se cair em um golpe, é crucial agir rapidamente. Primeiramente, entre em contato com seu banco ou instituição financeira para bloquear contas e cartões comprometidos.
Em seguida, registre um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou pela internet. Também é importante alterar todas as senhas de suas contas online e ativar medidas de segurança adicionais.
Por fim, informe amigos e familiares para que fiquem atentos e não caiam no mesmo golpe. Lembre-se que além do Serasa, existem outros tipos de fraudes na web.
Serasa perdoa dívidas antigas?
Não. Essa é mais uma mentira sobre o Serasa que circula na internet. No entanto, existe a prescrição de dívidas após cinco anos.
Isso significa que, após esse período, a dívida não pode mais ser cobrada judicialmente e deve ser retirada dos cadastros de inadimplentes. Entretanto, ela ainda existe e pode ser cobrada de forma extrajudicial pelo credor.